Setor aeroagrícola quer ser incluído em medida que poderá permitir compra de etanol nas usinas
Assunto foi tema nessa quarta de uma reunião do presidente do sindicato das empresas do setor, Thiago Magalhães, no Ministério da Economia
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Thiago Magalhães Silva, esteve nessa quarta-feira (29) no Ministério da Economia propondo a inclusão das empresas de aviação agrícola em uma possível medida do governo para permitir a venda direta de etanol das usinas para postos de combustíveis. A intenção e possibilitar que os operadores com aeronaves movidas a biocombustível também possam fazer suas compras a granel diretamente das usinas.
Sindag
Magalhães estava acompanhado do tesoureiro do Sindag, Francisco Dias da Silva, e os dois conversaram com o diretor de Desburocratização da Secretaria Geral de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Geanluca Lorenzon. “Explicamos que as empresas aeroagrícolas também compram grande quantidade de combustível e que a medida daria um alívio considerável no custo operacional a frota a etanol”, ressalta o presidente. A estimativa do Sindag é de que a economia poderia ficar entre 30 e 60 centavos por litro. “Mas muita gente desconhece que uma parte significativa da frota aeroagrícola brasileira (que é a segunda maior do mundo) é movida a etanol”, completa Magalhães.
Aeroagrícola
Atualmente, o setor aeroagrícola brasileiro conta com cerca de 2,2 mil aeronaves, entre aparelhos que utilizam três tipos de combustível: etanol e gasolina de aviação (avgas) para os motores a pistão e querosene de aviação para os motores turboélices. No caso da frota a etanol, a maior parte dela está no Sudeste e Centro-Oeste, onde o combustível é mais barato (pela grande produção de cana-de-açúcar associada à maior presença de usinas). O que significa a presença de pelo menos 500 aviões que, em épocas de safra, chegam a realizar até 50 pousos e decolagens por dia.