Depois do coronavírus, turismo passará por mudanças

Cenários do “novo normal” são compostos por máscaras, medidores de temperatura e testes rápidos no embarque

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) trouxe uma série de incertezas às pessoas. Especificamente para as que possuíam viagens marcadas, o questionamento principal é: quando esses deslocamentos mais longos poderão ser feitos novamente? Ainda sem a resposta exata, a principal constatação feita é que, depois deste período, o setor de turismo terá de adotar mudanças e métodos preventivos.

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, sigla para The World Travel & Tourism Council) faz uma projeção e aposta em um “novo normal” assim que as recomendações de isolamento não forem mais necessárias. Para isso, a entidade ressalta a importância da colaboração entre as instituições públicas e privadas.

“Aprendemos com experiências anteriores que, quando os protocolos do setor privado são levados em consideração e temos uma abordagem coordenada, o período de recuperação é significativamente reduzido, portanto, a colaboração do setor público-privado é crucial”, afirmou Gloria Guevara, Presidente e CEO do WTTC.

Deste modo, quando o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) autorizarem a volta das viagens, as primeiras que devem ser liberadas são as que ocorrem entre cidades próximas, dentro do mesmo estado. Em seguida, as viagens entre as unidades federativas serão possíveis e, por fim, poderá ser viável a retomada do turismo internacional entre países do mesmo continente.

No caso do Brasil, os voos entre os demais integrantes do Mercosul podem voltar ainda neste ano, dependendo do trabalho realizado para conter a disseminação do vírus dentro das nações. A Argentina, por exemplo, só abrirá as fronteiras em setembro.

Paralelamente, em uma pesquisa realizada pelo Skyscanner, buscador de passagens aéreas, 53% dos entrevistados acreditam que será seguro viajar para o exterior a partir de setembro. Enquanto isso, no levantamento da Panrotas, feito com os trabalhadores do setor, há ainda mais otimismo: 80% deles possuem a esperança na retomada em maio ou junho. 

Mesmo assim, o uso de máscaras deverá ser obrigatório, apesar de que ainda não está confirmado se isso será uma atribuição para que o passageiro tenha no momento do embarque ou se a companhia aérea poderá vender o artefato já dentro do avião.

Além disso, já há locais em que a temperatura dos passageiros é medida e, como este método não garante a saúde plena da pessoa, já que existem muitos casos assintomáticos, os testes rápidos durante o check-in estão sendo feitos. No futuro, uma forma para que esse processo seja feito com o menor contato possível entre os viajantes e os trabalhadores deve ser estruturado.

Otimismo

Mesmo em um tempo incerto, há companhias aéreas que estimam a volta entre junho e julho, como a Azul. Para promover a vontade de viajar nos cidadãos, as companhias aéreas trabalham no desenvolvimento de uma série de pacotes promocionais em viagens dentro do Brasil, com voos baratos para o “novo normal”. 

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