Conheça a história por trás do fascínio pelo cometa Halley

Conheça como acontece o fenômeno cíclico do cometa Halley e seu impacto

Se você tem o costume de olhar para o céu à noite, já deve ter tido a sorte grande de ter visto uma estrela cadente. Caso tenha mais sorte ainda, já viu a passagem do cometa Halley pela Terra.

O famosíssimo corpo celeste coleciona histórias e admiradores mundo afora, mas você sabe realmente do que ele é feito?

Observações e descobertas

A rota do cometa Halley foi descoberta por Edmund Halley, em 1705. Entretanto, ele teria sido observado pela primeira vez há muito mais tempo, em cerca de 239 a.C., pelo astrônomo Regiomontano.

Halley ainda utilizou as observações feitas por Pietrus Apianus e Johannes Kepler, que descreviam um cometa com propriedades parecidas, para ter uma estimativa de sua próxima aparição.

O primeiro cometa periódico

O Halley é tido como o primeiro cometa periódico a ser descoberto pelo ser humano. Mas, afinal, o que é um cometa periódico? A resposta é simples: é um cometa que tem uma rota que se repete com certa periodicidade. No caso do Halley, ele completa sua rota a cada 76 anos.

Como apareceu por aqui em 1986, estima-se que ele retorne por volta de 2061. A previsão é que atinja o ponto mais distante de seu trajeto, em relação ao nosso planeta, em 2023, iniciando, logo em seguida, o seu caminho de volta. Já deu para perceber que vê-lo passar é uma oportunidade única na vida, não é mesmo?

O que é um cometa?

É um corpo que vaga pelo espaço, sendo constituído, em sua maioria, por gelo. Contrariamente, o Halley possui composição, em maior parte, de materiais não voláteis, tendo uma pequena parcela de gelo. Seu corpo é dividido em núcleo, cabeleira e cauda.

O núcleo possui alguns quilômetros de diâmetro. A cabeleira é uma nuvem de água que fica em torno do núcleo. Quando o cometa passa perto do Sol, surge a cauda, ou seja, o “rastro” que fica atrás dele. Ela pode ser formada por poeira ou ser eletromagnética, produzindo muita matéria.

Apesar de parecerem extremamente brilhantes, os cometas refletem apenas cerca de 4% da luz que recebem, o resto acaba sendo absorvido.

Curiosidades sobre os cometas

  • A sua cauda gasosa pode chegar a medir 570 milhões de quilômetros;
  • Pedaços de rocha podem se desprender do cometa e cair na terra, causando uma “chuva de meteoros”;
  • Os cometas podem morrer, seja pela colisão com astros maiores ou desgaste ocasionado pela sublimação;
  • Até o momento, existem, no mínimo, 3 mil cometas somente no Sistema Solar;
  • Os cometas causavam pânico nas pessoas, que compravam todo tipo de produto para se livrar de seus males, desde máscaras de gás até remédios,
  • Os núcleos dos cometas variam muito de tamanho, podendo ser desde alguns metros até dezenas de quilômetros.

Existem outros tipos de cometas?

Diferentemente do Halley, há cometas que não seguem uma rota específica, ou seja, ficam vagando pelo espaço. Sendo guiados à própria sorte ou de acordo com os astros pelos quais passam.

Os não periódicos, como são chamados, vão e vêm do sistema solar, rapidamente, alcançando até o espaço interestelar.

Os primos menos famosos do cometa Halley

  • Mrkos: o foi fotografado em 1957 e chamou atenção por conter duas caudas — uma de poeira e outra de íons;
  • Brooks: descoberto em 1911, possui uma coloração azul única, sendo causada pela intensa emissão de íons de monóxido de carbono;
  • McNaught: ficou visível em 2007 e é o cometa mais brilhante a ser visto do Hemisfério Sul, desde a década de 70;
  • Hyakutake: passou quase colado à Terra em 1996, sendo o mais próximo em mais de 200 anos;
  • Ikeya-Seki: tido como o mais brilhante cometa do último século, seu brilho era tanto que ele era visível à luz do dia, sendo mais intenso que a Lua cheia.
  • Hale-Bopp: ficou visível por um ano e meio, em sua maioria nos Estados Unidos. Estima-se que o seu núcleo tenha incríveis 50 quilômetros, mais que o triplo que o do cometa Halley. Possuía duas caudas — uma formada por gás azul e a outra por pó amarelo.