A busca por um investimento mais sustentável no ecossistema do empreendedorismo

A alta taxa de inflação no país e a elevação de juros mundial tem levado grandes investidores a optarem por fundos mais conservadores e rentáveis, dificultando a disponibilidade de recursos para o empreendedorismo.  Essa adaptação do ecossistema gera um funil mais estreito para startups e investidores-anjo onde, ambos, buscam se cercar das melhores oportunidades.   

 Os investidores-anjo entram em um negócio empreendedor com a expectativa de obter o melhor retorno no momento do Exit (saída), com a venda ou aquisição da empresa por outro empreendimento, e podem representar o investimento mais sustentável e acessível para o desenvolvimento do mercado de empreendedorismo. Porque além do capital, oferecem algo mais do que valioso neste momento de maiores desafios e incertezas: o Smart Money.  Seu foco de atenção são as startups que, depois de obterem tração inicial com suas soluções, transitam neste espaço do ecossistema que visa o crescimento exponencial, onde startups aspiram a se transformar no próximo Unicórnio que, em curto espaço de tempo, alcance valuation na casa dos bilhões.

Diante da dificuldade do momento, grupos de investimento-anjo se destacam por oferecer aos founders mais do que o capital aportado, já que os membros aportam conhecimento diferenciado e especializado, experiências diversificadas e toda a rede de contatos, artigos indispensáveis para contribuir com os líderes empreendedores em suas decisões tornando a jornada de sua startup mais produtiva e tranquila. “Muitas vezes o smart money pode salvar uma empresa que está indo no caminho errado. Membros de áreas diversas   aportam conhecimentos que não são inerentes à atividade daquela startup, desonerando o empreendedor que pode se dedicar àquilo que é relevante”, avalia Arthur Farme, investidor associado do grupo pioneiro em investimento-anjo, Gávea Angels que, com 130 timoneiros experientes, auxilia há 20 anos empreendedores a gerenciarem os recursos aportados da melhor forma e na melhor direção.

Para agregar todas as visões complementares de seus membros, facilitando a organização dos screenings, em busca dos melhores negócios, a Gávea Angels definiu “verticais” de trabalho, como edtech, healthtech, agrotech e fintech, entre outras, onde os membros fortalecem suas competências e trocam informações de mercado. “Construímos estas vertentes no formato responsivo, flexível à demanda do mercado, ganhando em eficiência e acelerando os screenings para os investidores e o feedback para as startups”, esclarece Xavier Boutaud, do Conselho Diretor da Gávea Angels, lembrando que, após este primeiro “funil”, todos os membros têm acesso aos Fóruns de apresentação das startups que passaram com sucesso pelo “screening”. “Para não fechar nenhum debate, criamos também a visão do conjunto das candidatas através de matriciais que permitem a análise de segmentos diferentes sob o mesmo ângulo, como ESG, logística, comunicação entre outros”, revela Boutaud, que acredita na melhoria constante dos processos para gerar as melhores análises de atração dos melhores negócios, atraindo também novos associados e empreendedores com diversidade de experiências.

Entre as startups, nem todas são focadas em crescimento recorde, muitas apresentam resultados escaláveis que sustentam o valor operacional, fazendo parte do movimento “Zebras Unite”, nascido nos Estados Unidos. Acusando os Unicórnios de atraírem um excesso de atenção e investimentos de alto risco que pode não ser correspondido em termos financeiros ou em benefícios à sociedade, vem corrigindo e reduzindo valuations das chamadas empresas “zebras”. A partir de uma gestão organizada de inovação a fim de serem sustentáveis também a médio e longo prazos, às vezes com um crescimento mais paulatino, entregam resultados atraentes de forma mais prudente com o investimento focado em gerar lucro e melhorar a sociedade ao longo de suas jornadas. As “Zebras” são alternativas interessantes para os investidores-anjo, por oferecerem alternativas num caminho complementar em seus portfólios, muitas vezes com menor risco, e valuations menores. “São empresas que crescem menos rápido, mas podem crescer e atingir um valuation muito razoável. São, também, tradicionalmente, mais fáceis de serem vendidas em uma saída de M&A, trazendo menor retorno, mas menor risco”, avalia Teresa Simões, conselheira diretora da Gávea Angels que já identifica no ecossistema certa tendência de procura por M&A (fusões & aquisições).  

Oportunidades para investidores-anjo, o momento é mesmo de maior cuidado, tornando fundamental análises criteriosas, onde prevalecem informações básicas sobre as pessoas que estão por trás dos negócios. “Apostamos em pessoas porque são elas quem desenvolvem as soluções. Queremos saber se a ou o founder já teve investimentos bem-sucedidos ou malsucedidos, se a startup é a principal fonte de renda ou uma atividade acessória, acessando desta forma o grau de motivação, dedicação, experiência e talento dos empreendedores Elementos que orientam a decisão e, nesses momentos de crise, acabam assumindo maior relevância”, revela Arthur.

Gávea Angels

“Na Gávea Angels o rigor do processo se beneficia do conhecimento acumulado pelo grupo, que completa 20 anos neste ano. Toda a experiência de uma instituição que se renova constantemente para resultar em processos perfeitamente estruturados com um enorme background de informação sobre o universo do investimento-anjo, gerando grande interesse e recomendações mais assertivas”, conclui Cecília Andreucci, do Conselho Diretor da Gávea Angels. Um trunfo para investidores-anjo que, apesar de lidarem com investimento de risco, integram um grupo forte, coeso e experiente, capaz de ajudá-los a fazer as melhores escolhas para encontrar os melhores empreendedores. Estes que, se receberem a tão ambicionada recomendação de aporte, poderão contar com timoneiros mais do que capazes para guiá-los pelas melhores rotas a fim de chegarem ao porto que desejam, mesmo diante da tempestade.

Sobre a Gávea Angels

Pioneira em investimento anjo no Brasil e América Latina, a Gávea Angels vem, há 20 anos, desenvolvendo inovação e empreendedorismo na América Latina. A associação, sem fins lucrativos, é reconhecida por concentrar um significativo smart money onde, além do capital financeiro, os associados contribuem com redes de contatos, parceiros e estratégias para suas investidas. Seus membros são executivos, empresários e profissionais liberais, líderes de sucesso em suas áreas de atuação, com liberdade de escolha para participar dos Fóruns, análises e rodadas de investimento. Com um Conselho Diretor com a presença de duas mulheres, o grupo preza pela diversidade entre membros e empreendedores e hoje atua em todo o país com 150 associados e 31 investidas, que ficam até cinco anos no portfólio, além de inúmeros parceiros do ecossistema de startups. As investidas-alvo são startups operacionais, altamente escaláveis, com fundadores competentes para liderar a empresa à nova fase de crescimento acelerado e com expertises complementares entre si. Sob a tutela do grupo, startups podem romper fronteiras locais, nacionais e até internacionais, de acordo com os sonhos e a capacidade de execução de seus fundadores.