Startup triplica faturamento com marketplace de influenciadores e devido a investimentos em campanhas digitais

A disparada do marketing de influência – há projeções de que o TAM (mercado total endereçável) ultrapasse os R$ 10 bilhões em 2021 – fez com que o faturamento da Inflr, startup acelerada pelo programa BNDES Garagem e pela Porto Seguro, por meio da Oxigênio Aceleradora, mais que triplicasse, para R$ 33,1 milhões ano passado. “Apesar das dificuldades, o ano de 2020 se mostrou promissor para o setor em todo o mundo, mas no Brasil houve uma aceleração do investimento em formatos digitais, mais consolidados em mercados desenvolvidos, por conta do isolamento e do impulso aos negócios eletrônicos”, diz Thiago Cavalcante, diretor de atendimento e novos negócios na Inflr e Adaction Brasil.

Globalmente, o mercado deve fechar com movimento de cerca de US$ 600 bilhões. Mas enquanto a média mundial estima um aumento de algo em torno de 4%, por aqui a expectativa é registrar uma taxa de 9% de crescimento.

Para Cavalcante, desde a popularização da Internet, algumas formas de fazer publicidade online se tornaram praticamente obrigatórias como os banners e Google Adwords, por exemplo. Mas a pandemia amplificou esse processo ao fomentar o comércio eletrônico durante o isolamento. “Todas as expectativas foram superadas diante desse salto na receita”, diz.

Ele destaca ainda que houve uma consolidação do braço do negócio que é a plataforma que conecta anunciantes às celebridades dentro de um marketplace no qual as marcas promovem seus produtos e serviços aproveitando a interação dos influencers junto aos milhares de seguidores que possuem nas redes sociais. “A oferta de valor consiste em aprimorar o relacionamento entre os dois lados desta relação e maximizar o potencial de convencimento desta nova forma de abordagem do consumidor”, diz.

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De um lado, ela facilita o contato e a negociação dos influenciadores com o mercado publicitário. E de outro, ajuda os anunciantes a responderem perguntas definitivas para os tomadores de decisão como: qual é o melhor nome entre tantas celebridades? Qual o real nível de engajamento dele ou dela junto aos seus seguidores?

Ao apresentar respostas precisas para essas questões, considerando a diversidade de estratégias desenvolvidas pelos mais variados segmentos, a Inflr conquistou clientes de porte como Bradesco, Itaú, Banco Next, Porto Seguro, Ambev, Heineken, Centauro, Tramontina, UOL, Droga Raia e , entre outros.

Na avaliação de Cavalcante,  o desempenho é reflexo das entregas do Cross Media, uma solução que une as comunicações de display em mídia programática de cada cliente com os conteúdos dos influenciadores. “O usuário que interage com vídeo ou banners dentro dos grandes portais por meio da Adaction é impactada, via rede social, pelo influenciador da campanha, via Inflr. E vice-versa. Isso faz com que essa marca se torne uma máquina de brand e performance ao mesmo tempo”, explica Cavalcante.

Entre as vantagens da plataforma, está a possibilidade de as marcas se comunicarem com 100% dos seguidores de cada influenciador, fazer campanhas de remarketing e inclusive multisegmentar essa entrega por: idade, sexo, geolocalização, comportamento de compra etc. “Quando um vídeo ou um conteúdo qualquer é feito diretamente pelo influenciador, a interação alcança apenas os seguidores que estiverem online durante as horas próximas à feitura da postagem”, explica.

A plataforma conta com um algoritmo que calcula um score de influência através da análise dos perfis de redes sociais e classifica os influenciadores automaticamente. Estas informações são usadas para auxiliar os decisores pelo lado dos anunciantes sobre o perfil de celebridade a ser usado em cada iniciativa.

Para Cavalcante, vários fatores contribuem para que os influenciadores digitais sejam considerados obrigatórios nas estratégias de publicidade online em pouco tempo. Benefícios como o custo reduzido das campanhas e a assertividade junto ao público-alvo, por exemplo, são nítidos. “Ao trabalharem com influenciadores, as marcas têm a oportunidade de investir menos recursos e conseguirem falar diretamente com quem realmente se interessa por seus produtos e serviços”.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay