Embraer e os Desafios Regionais e Globais

Com a pandemia, como toda empresa, a Embraer terá que buscar alternativas para crise, que teve uma dose extra com o acordo de joint venture desfeito com a Boeing, fatores que ocasionaram a demissão de 2.500 funcionários.  

Agora o momento é de como sobreviver no mercado, o cenário é desafiador tanto em termos regionais quanto mundiais. Na escala regional, 60% das demissões são no Vale do Paraíba e afetam diretamente empresas satélites, o consumo local e as famílias.  

Pelo cenário nacional, o adiamento das entregas de aeronaves tem um impacto direto na balança comercial a Embraer, principal empresa exportadora do país e com produtos de tecnologia de ponta. Um ponto positivo é que os pedidos não foram cancelados e sim adiados. A empresa tem em carteira 314 pedidos de aeronaves para entregas. Uma luz no fim do túnel. 

Embraer

A Embraer fez uma adequação na produção que também foi bem vista pelo mercado, em 2019 foram entregues 89 aviões comerciais e 109 executivos. Para 2020, foram entregues 9 comerciais e 22 executivos.  

Mundialmente falando, a pandemia provocou uma queda no setor, considerada a pior crise da história, maior até que o pós- ataques de 11 de setembro. A alternativa global foi a aprovação de pacotes de incentivos: nos EUA o auxílio é de 2 trilhões de dólares e na França, de 15 bilhões de euros. Para a Embraer, restou buscar novas parcerias com outros países e talvez tenha alguma ajuda interna governamental. Os próximos anos serão definitivos para a Embraer e estima-se que a empresa atinja os parâmetros pré-covid em cerca de 5 anos.  

por Thales Manetti – economista e assessor de investimentos da Plátano Investimentos – XP Investimentos  

Plátano Investimentos – XP Investimentos  

Thales Manetti economista e assessor de investimentos da Plátano Investimentos – XP Investimentos de São José dos Campos