Aviação brasileira gera 800 mil empregos no último ano

Segundo IATA, setor contribui com quase US$ 19 bilhões no PIB

A economia brasileira passa por tempos difíceis e com alta taxa de desemprego, mas o setor da aviação brasileira mostra um alento. Segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), o segmento gerou 800 mil empregos diretos e indiretos, com um valor adicionado bruto de US$ 18,8 bilhões à economia nacional.

De acordo com especialistas do mercado, o segmento de aviação brasileiro tem potencial de crescer quase cinco vezes em 20 anos. Isso mostra o poder da contribuição da aviação para a cadeia da economia, que gera empregos, por meio do consumo oriundo das companhias aéreas. 

Números positivos

Os provedores de serviços, fabricantes de aeronaves, operadores de aeroportos e as companhias aéreas têm cerca de 167 mil pessoas diretamente empregadas e geram mais de 372 mil empregos de forma indireta. A compra de passagens feita pelo consumidor final gera um impacto positivo no ciclo econômico, pois mantém mais de 300 mil empregos e injeta bilhões no Produto Interno Bruto (PIB). 

Deficiências no mercado

A competitividade do setor sofre alguns problemas. Confira abaixo.

  • Carga tributária: O país tem alto custo, principalmente pelo preço do combustível. A taxa tributária do Brasil é uma das mais altas do mundo.
  • Infraestrutura: O país está muito atrasado em relação a outros países, o que acaba encarecendo todos os processos e criando obstáculos para as companhias.
  • Regulamentação e práticas globais: Falta uma melhor harmonização nesse setor, o que acarreta em confusão para os consumidores. Logo, acaba gerando aumento excessivo de ações judiciais. De acordo com o Instituto Brasileiro do Direito Aeronáutico (IBEAR), as companhias aéreas sofrem cada vez mais processos judiciais. Para se ter uma ideia, em todo o ano de 2018, as empresas do setor receberam 64 mil processos judiciais, e apenas entre janeiro e julho do ano passado já passavam de 110 mil.

Vale lembrar que o Brasil está em último lugar em relação à facilitação do transporte de carga entre todos os países do índice de competitividade criado pela IATA.

Um Brasil mais potente

O país ainda não está alinhado com algumas práticas, que poderiam alavancar o país no setor da aviação. Veja abaixo ideias atraentes.

  • Permissão de 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas.
  • Remoção da franquia de bagagens despachadas.
  • Liberação para os consumidores não absorverem os custos gerados por regulamentações.

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